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Esperança em tempos de desesperança

"Jesus está voltando em breve" são palavras que parece que ouvimos cada vez mais a cada dia que passa. 

Concordo plenamente que o retorno de Jesus Cristo está próximo, mas recentemente tenho me perguntado se essa iminência deveria ser nossa principal fonte de esperança quando se trata da "abençoada esperança e gloriosa aparição de nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (Tito 2:13).

Mateus 24 prepara o palco para o que muitas vezes chamamos de "os sinais dos tempos". Escondidos neste capítulo estão importantes admoestações que apontam como podemos encontrar esperança nestes tempos desesperados.

Mateus 24 deixa um ponto claro e primordial: o dia e a hora do retorno de Jesus não são conhecidos por nenhum de nós como seres humanos, nem mesmo para os anjos no céu. Jesus enfatiza este ponto três vezes (vv. 36, 42, 44) em apenas oito versículos. Sem dúvida, ele está tentando captar a atenção de cada um de seus ouvintes. Embora muito possa ser dito sobre esses versículos, nosso foco particular é o que Jesus instrui cada ouvinte a fazer, já que não sabemos quando Ele virá.

VIGIAR

No versículo 42, Jesus diz: "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora vosso Senhor está chegando". E então, no versículo 44, "Portanto, também vós estais prontos, pois o Filho do Homem está chegando a uma hora que não esperais"". O que devemos fazer em um mundo que parece estar se descontrolando a um ritmo cada vez maior? Observe e esteja pronto. Essas palavras são a base da esperança em tempos de desespero.

A palavra "vigiar", no grego original, é γρηγορέω (gragoreo). Significa "manter-se acordado, estar alerta, estar em constante prontidão e permanecer totalmente vivo". A palavra aparece 24 vezes no Novo Testamento. "Vigiar" implica não só em continuar vigiando, mas também em estar preparado. Jesus enfatiza a profunda divisão entre aqueles que estão prontos e aqueles que não estão. Sua prontidão significará bênção na vinda do Filho do Homem ou julgamento, portanto eles devem estar sempre vigilantes e prontos". De fato, o livro do Apocalipse pronuncia uma bênção sobre aqueles que assistem: "'Eis que eu venho como um ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda suas vestes, para que não ande nu e sua vergonha não seja vista" (Apocalipse 16:15). Essa bênção é felicidade e esperança em tempos desesperados.

Enquanto a palavra "vigiar" enfatiza "ficar acordado ou estar vivo", o uso de Jesus das palavras "estar preparado" se concentra na prontidão. O teólogo Walter Grundmann afirma: "O significado claro deste grupo de palavras é preparação tanto no sentido ativo de 'preparar-se' quanto no sentido passivo de 'prontidão', 'capacidade' ou 'determinação'". Grundmann argumenta que "no NT, a prontidão é necessária em três aspectos: prontidão para boas obras... prontidão para testemunhar o evangelho... e prontidão para o retorno do Senhor". A última exigência que Jesus colocou a seus discípulos com particular urgência".

O que devemos esperar e como podemos estar preparados? A instrução de Jesus para "vigiar" aponta em primeiro lugar o que Ele ensinou nos 35 versículos anteriores. Ali, Ele instruiu seus discípulos (e agora nós hoje) que haverá sinais de Seu retorno pelos quais devemos estar atentos.

Foram feitos estudos extensivos sobre o tema específico dos sinais. Podemos resumi-los como sinais na religião, política, assuntos governamentais, cultura, sociedade e natureza. Basta dar uma olhada nas notícias para ver que as palavras de Jesus parecem ser cumpridas com frequência crescente a cada dia. Mas a instrução de Jesus para "estar vigilante" também aponta para o futuro. Em Mateus 25,13, ele repete essencialmente sua instrução de Mateus 24,42: "Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do Homem está chegando". Tal vigilância conduz à felicidade e à esperança apesar da turbulência na religião, no governo, na cultura e na natureza. Ela vincula estreitamente os capítulos 24 e 25.

As três parábolas de Mateus 25 fornecem a chave para responder como estar atento e preparado. Elas são as parábolas das dez virgens, dos dez talentos e das ovelhas e cabras. Embora o espaço não permita uma exegese extensa de cada parábola, podemos traçar princípios-chave sobre como podemos estar atentos e preparados.

A PALAVRA E O ESPÍRITO SANTO

A parábola das dez virgens começa: "O reino dos céus será como dez virgens que pegaram suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo". Uma lâmpada nos tempos antigos era vital porque fornecia luz na escuridão. O salmista declara: "Tua palavra é uma lâmpada para os meus pés, e uma luz para o meu caminho" (Salmo 119:105). A lâmpada representa a Palavra de Deus.

Só podemos encontrar esperança em tempos de desespero seguindo as instruções de Jesus para observar e estar preparados, não olhando abstratamente para o céu claro, mas engajando-se de forma significativa em um mundo cheio de dor.

No entanto, embora todas as virgens tivessem lâmpadas, havia uma diferença entre elas. "As tolas levaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo com elas". Mas as sábias levaram óleo em suas vasilhas com suas lâmpadas" (Mateus 25:3). Esta diferença foi maravilhosamente explicada:

Não tenho dúvidas de que a solução correta é encontrada considerando o óleo como simbólico do Espírito Santo ou das graças de Deus. .... . Devemos dizer que as dez virgens haviam tomado e usado a graça de Deus de maneira semelhante, mas que diferiam nisso: enquanto as sábias mantinham o fornecimento da graça recorrendo constantemente aos meios dela, as tolas estavam satisfeitas com seu estado espiritual de uma vez por todas, e não se esforçaram para manter sua vida espiritual saudável e ativa pela renovação do Espírito Santo em seus corações. Mantiveram a aparência e a forma de fé, mas negligenciaram a verdadeira vida interior da fé; tiveram a aparência sem a realidade.

Como devemos vigiar? Vivendo vidas fundamentadas na Palavra de Deus e preenchidas através do poder do Espírito Santo em ação em nossas vidas.

ÚTIL PARA DEUS

A parábola dos dez talentos destaca nossa disposição de sermos úteis a Deus. Evidentemente, todos nós conhecemos bem a parábola. Um recebeu cinco talentos, outros dois, e o último apenas um. Um talento era tanto uma medida de peso quanto uma quantia de dinheiro. É claro que esta parábola tem uma unidade de dinheiro em mente. Não sei quanto a você, mas sempre me senti mal pelo homem que recebeu apenas um talento. Isso foi, é claro, até eu entender o valor de um talento. "Um talento era cerca de 6.000 dias de salário".7 Deixe esse talento afundar por um momento. Apenas um talento valia aproximadamente 20 anos de salário (52 dias de descanso por ano de Shabbat). O comentário bíblico da NVI afirma: "Tudo o que somos, seja dotado naturalmente ou concedido pelo Espírito, deve ser empregado a serviço do Reino de Deus. Nem todos nascem com os mesmos talentos e nem todos são dotados com os mesmos dons do Espírito, mas cada um de nós pode ser produtivo à sua maneira única. Todo o nosso serviço no reino é inerentemente valioso... . Nossa responsabilidade é planejar a longo prazo e usar nossos dons para fazer avançar o Reino de Deus. Como estamos prontos? Permitindo que Deus nos use onde e quando Ele achar conveniente.

CUIDAR DOS OUTROS

Mateus 25 conclui com a parábola das ovelhas e dos cabritos. O Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia destaca apropriadamente a ênfase da parábola: "Ao fazer das necessidades dos outros nossa responsabilidade, refletimos este mesmo aspecto do caráter divino. Quando refletimos perfeitamente o caráter de Jesus, nos sentiremos como Ele se sente em relação àqueles que precisam de ajuda, e através de nós, Ele será capaz de confortar e ajudar os outros. A melhor evidência de amor para com Deus é o amor que nos leva a suportar o fardo dos outros, e assim cumprir a lei de Cristo.... A melhor evidência de que uma pessoa se tornou filho de Deus é que ela faz as obras de Deus". Como podemos estar prontos? Cuidando o suficiente da humanidade que Deus criou para que nossos corações anseiem pela missão e compartilhem a mensagem de que ninguém está perdido.

TORNAR ISSO EM REALIDADE

Jesus está chegando em breve, mas nossa atenção pode estar tão voltada para o futuro que nos esquecemos de nossa realidade atual. Só podemos encontrar esperança em tempos de desespero, seguindo as instruções de Jesus para observar e estar preparados, não olhando abstratamente para o céu sem nuvens, mas nos engajando de forma significativa em um mundo cheio de dor. Que nós, especialmente como pastores, encontremos a bênção de Deus em estar enraizados em Sua Palavra, consagrados por Seu Espírito, usados onde Ele nos plantou, e zelosos para compartilhar o evangelho tanto na palavra como na ação.

Autor: Christopher Holland

Artigo original: Hope in times of hopelessness - https://www.ministrymagazine.org/archive/2023/02/Hope-in-times-of-hopelessness

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